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Venezuelanos têm Bolsa Família e assistência, mas insistem em ficar nas ruas, diz secretária

Eliane Nogueira explica que, além das ações de amparo, há um intenso trabalho de convencimento dos pais para não levarem crianças.

A secretária municipal de Assistência Social e Cidadania de Teresina, Eliane Nogueira, afirmou em entrevista ao DitoIsto que a pasta tem atuado para tirar os venezuelanos, sobretudo as crianças, das ruas da capital. No entanto, diz ela, muitos pais insistem em voltar para pedir esmolas usando as crianças nos principais cruzamentos da cidade.

Eliane Nogueira (Foto: Andressa Martins/DitoIsto)

“É uma situação difícil, mas eu já fiz muito, já fui várias vezes lá [nos abrigos] e inclusive já levei juiz federal para conversar com eles que não é permitido. Eles estão no Brasil, eles têm que obedecer, que criança não é permitido estar na rua. A gente já pediu e toda semana eu estou mandando percorrer para ver se tem uma pessoa na rua. Se tem, eu mando ir lá. Claro que a gente não pode tirar a força, mas a gente pede, implora para que eles não levem crianças para as ruas. Mas é um trabalho devagar, eles são difíceis mesmo de compreender, mas vamos conseguir. Devagarzinho já tiramos muitos das ruas”, falou.

Eliane explicou que as mães venezuelanas recebem o benefício do Bolsa Família, que as crianças têm escolas e que todos, de modo geral, têm assistência em abrigos da prefeitura. A secretária disse que, além das medidas de amparo, há um permanente trabalho de convencimento para que os venezuelanos não voltem às ruas.

“Eles têm acesso à alimentação e as mães recebem Bolsa Família. Tem as escolas e eles são matriculados nas escolas mais próximas dos abrigos em que estão. Até que eles frequentam [a escola]. As vezes tem um ou outro que não vai, mas a gente está em cima lá com assistente social para orientar que as crianças não deixem de comparecer à sala de aula”, explicou a secretária.

Eliane destacou que o trabalho não é fácil e apontou que não adianta agir com repressão. “Não adianta você ir com repressão. Tem que ir com calma, explicando, pedindo. Não é fácil, não vou dizer para você que é fácil. A gente sai de lá [dos abrigos] e eles dizem que não vão mais levar crianças, mas as vezes quando passa 15 dias a gente já vê crianças na rua. Mas vamos continuar essa luta”, encerrou.

Veja a entrevista de Eliane: 

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