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Gustavo Almeida

Os nacos de poder na gestão de Silvio Mendes

A influência que determinados atores buscam na administração municipal vai muito além das suas pastas.

 Palácio da Cidade, sede da prefeitura de Teresina (Foto: Gustavo Almeida/DitoIsto)

Com 40 dias, a gestão do prefeito Silvio Mendes em Teresina tem, até aqui, dois nacos de poder. Um liderado por Charles da Silveira, o todo-poderoso presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), com bom trânsito político e uma autonomia que nenhum outro secretário tem na prefeitura.

O outro naco é uma espécie de aliança formada por Jeová Alencar e Marco Antônio Ayres, titulares da Secretaria de Governo e da Secretaria de Planejamento, respectivamente. Jeová, lembremos, é também o vice-prefeito da cidade, homem não apenas de cálculos políticos, mas de ações políticas calculadas. Ele e Marco Antônio estão em sintonia.

Internamente, em todo governo há grupos que buscam protagonismo na busca por influência e poder de articulação. Na de Silvio Mendes essa realidade não é diferente.

Os aliados – e os que querem ser – principalmente os vereadores, costumam sempre recorrer a algum dos polos de poder que se formam na gestão. E quem não busca se fortalecer para mostrar que tem esse poder, perde força e acaba fragilizado.

O estilo Silvio Mendes não é de deixar ilhas independentes se formarem na gestão. Logo, a tarefa de quem precisa se fazer influente perante à classe política e outros segmentos é ainda mais difícil. A influência que determinados atores almejam vai muito além das suas próprias pastas e é preciso ser habilidoso e estratégico.

Nesse propósito, há sempre os que não dormem em serviço.

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