
O presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, onde o ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso, apresenta superlotação e condições estruturais ruins. Collor foi levado para o local na última sexta-feira (25) após passar por audiência de custódia depois de ter sido preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Um relatório da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas informa que a cadeia tem capacidade para 892 presos, mas no momento, tem 1.321. Desses, 1.213 são condenados e 108 provisórios, ou seja, que ainda aguardam julgamento.
Conforme os números, o presídio está atualmente com 429 presos a mais do que a capacidade.
O presídio também possui problemas de estrutura, como instalações com infiltração, fios elétricos expostos e problemas sanitários. Um relatório de 2022 do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado ao Ministério da Justiça, citou condições insalubres e uma vala onde o esgoto é despejado a céu aberto, com mau cheiro terrível.
Embora o presídio esteja superlotado e com problemas estruturais, Collor está em uma sala especial, prerrogativa a que tem direito por ser ex-presidente da República.
Fernando Collor de Mello governou o Brasil de 1990 a 1992. Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime inicialmente fechado por participação em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na antiga BR Distribuidora, atual Vibra.