
Em 28 de abril é celebrado o Dia Nacional da Caatinga. A data foi instituída em 2003 como forma de alertar e mobilizar os mais diversos setores da sociedade para a importância da preservação deste bioma. A Caatinga é exclusivamente brasileira e ocupa cerca de 11% do território nacional, abrangendo todo o semiárido.
Apesar da existência da data, ainda são poucas as iniciativas, sobretudo governamentais, voltadas para a conservação da Caatinga. Na verdade, o que se vê é uma quase total negligência dos governantes - nacionais e locais - com relação a essa temática.

No Piauí, por exemplo, onde boa parte do território é de caatinga, não se vê políticas públicas com essa finalidade. Nos discursos dos políticos, esse também é um tema inexistente, salvo nesta data, quando uma minoria posta em suas redes sociais alguma foto como forma de “homenagem” à Caatinga. Nada além disso.
Os únicos gestos mais efetivos de preservação do bioma no Piauí só são vistos nas unidades de conservação, como os parques nacionais. Contudo, essas áreas são uma amostra muito pequena em relação ao tamanho e à importância da Caatinga para todo o estado.
Além disso, preservar a Caatinga vai muito além de proteger a vegetação e suas características. Nela está embutida, também, a proteção das espécies animais típicas desta região. Muitas dessas espécies estão, infelizmente, ameaçadas de extinção.

Já passou da hora dos governantes colocarem a pauta da preservação da Caatinga no radar. Uma das grandes virtudes da Caatinga é a capacidade de renascer quando parece sem vida, de se ressignificar, de florir, de alegrar. Pena que os nossos políticos não tenham essa mesma capacidade e permaneçam inertes, incapazes de proteger um bioma exclusivamente nosso, e que, mesmo tão rico e resistente, nos pede socorro.