
O ex-governador do Piauí, ex-ministro e ex-senador Hugo Napoleão foi questionado por DitoIsto nesta quarta-feira (9) sobre a discussão em torno de projeto de lei da anistia aos presos do 8 de janeiro. Uma das figuras mais influentes do Congresso Nacional na década de 1990, Napoleão considera o assunto muito delicado e, embora afirme não ter uma posição concreta sobre o tema, defende que possa haver um “perdão caso a caso”.
“A anistia que valeu no Brasil foi aquela levada pelo então ministro da Justiça Petrônio Portella, que foi a anistia para os militares e para aqueles que haviam combatido os militares. Foi uma anistia ampla, geral e irrestrita. Essa outra é um assunto a ser examinado, é muito delicado, muito delicado. Acho que merece exame para um perdão, mas examinando caso a caso”, opinou.
Apesar disso, o ex-governador criticou duramente quem depreda prédios públicos e disse que é preciso usar a cabeça e pensar antes de agir da forma como agiram os manifestantes do 8 de janeiro. Hugo condenou veementemente o vandalismo.
“Merece examinar caso a caso, porque não é certo depredar órgão público. Não é certo chegar com um machado e arrebentar o vidro de uma Presidência da República. Então é preciso tomar cuidado. A pessoa tem que pensar antes de fazer, usar a cabeça. A cabeça fica em cima do coração e o coração fica em cima dos pés”, finalizou o ex-governador.
Veja a entrevista de Hugo Napoleão: