
Presa pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (3), a vereadora de Teresina Tatiane Medeiros (PSB) não perdeu o mandato. Conforme decisão judicial, ela foi afastada da função parlamentar, o que é diferente de ter o mandato cassado. Tatiana, inclusive, seguirá com sua estrutura de gabinete no período de afastamento.
As informações foram dadas pelo procurador da Câmara Municipal de Teresina, Pedro Rycardo Couto.
Como o afastamento é, neste primeiro momento, temporário, o primeiro suplente do PSB, Leôndidas Júnior, não será convocado a tomar posse.
“A vereadora está afastada por uma medida cautelar. A cassação só pode ser falada a partir do momento em que existe um trânsito em julgado. Então temos que ter uma certa prudência para falar nessa questão [de perder o mandato]. Existe todo o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa, temos uma questão do Estado Democrático de Direito. Então, tudo isso aí vai ser respeitado. É muito precipitado falar nessa questão [de suplente assumir] nesse momento. Ela não foi exonerada, ela foi afastada, então o gabinete dela continua”, explicou o procurador.

O processo que levou à prisão e ao afastamento de Tatiana corre em segredo de justiça.
A prisão
Tatiana Medeiros foi presa por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa que teria financiado a campanha eleitoral dela para vereadora em 2024. O financiamento se dava, segundo a PF, por meio de lavagem de dinheiro da facção através do Instituto Vamos Juntos, organizado pela vereadora. O dinheiro lavado do crime teria sido usado para bancar a eleição de Tatiana.
A vereadora é companheira de Alandilson Cardoso Passos, que está preso desde novembro do ano passado por suspeita de integrar a facção Bonde dos 40. A operação desta quinta-feira também teve mandado de prisão para Alandilson, que já estava preso por outra decisão judicial anterior.