O deputado estadual Franzé Silva defende que o PT brigue até o fim por uma das vagas de senador na chapa majoritária do governador Rafael Fonteles em 2026. Em entrevista nesta terça-feira (25), ele deixou claro que a candidatura petista ao Senado é também uma forma de reagir ao assédio que outros partidos da base do governo praticam contra os votos do PT.

"Nós temos uma insatisfação muito grande por parte da bancada, de que existe hoje um assédio muito grande dentro dos votos do PT. Então, o que nós precisamos é mostrar força. E força é voto. E voto o PT tem.", afirmou o parlamentar.
Embora Franzé não cite exatamente de onde parte o assédio, petistas têm revelado descontentamento com a postura do PSD, partido controlado no Piauí pelo deputado federal Júlio César e pelo deputado estadual Georgiano Neto, pai e filho, respectivamente.
Eleições 2022 como parâmetro
Ao dizer que o PT tem voto, o deputado se ampara na soma dos votos que as bancadas estadual e federal do partido receberam nas eleições de 2022. Segundo ele, com os deputados estaduais e federais unidos em campanha para um candidato a senador do partido, o PT tem total viabilidade de eleger um petista para o Senado
"Eleição depende de voto e nós ontem fizemos uma conta rápida. Nós tivemos, dos deputados estaduais eleitos, 457 mil votos, fora os suplentes. Dos nossos federais eleitos, 459 mil votos. Ou seja, teremos mais de 900 mil votos se fidelizarmos um voto de senador a partir da bancada estadual e da bancada federal. Pelos números apresentados na última eleição, nós temos sim capacidade de eleger um senador do PT. E isso é um anseio que o presidente Lula tem cobrado do partido.", explicou.
De acordo com Franzé, o nome defendido pelas bancadas do PT é o deputado federal Flávio Nogueira.