O deputado estadual Fábio Novo (PT) convocou a imprensa nesta quinta-feira (13) para uma entrevista coletiva. Tão logo foram recebendo a sugestão de pauta, muitos jornalistas se perguntaram qual era o fato a ser apresentado pelo deputado petista.
Depois, soube-se a razão. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) arquivou o inquérito que investigava a existência de um esquema de corrupção na Secretaria de Estado da Cultura (Secult) nas gestões de Fábio Novo e do seu apadrinhado Carlos Anchieta, que caiu do cargo após a repercussão da operação Front Stage, da Polícia Federal.

A operação policial na Secult foi deflagrada no fim de agosto de 2024, durante a campanha eleitoral, quando Novo disputava a prefeitura de Teresina contra Silvio Mendes (União Brasil). Na época, a campanha de Silvio explorou o fato, como fazem todos os políticos, de todos os partidos, diante de uma operação contra adversários.
Derrotado ainda no primeiro turno da eleição, Fábio Novo avalia que a operação da Polícia Federal desequilibrou o pleito e causou sua derrota nas urnas.
Agora, o deputado do PT cobra um pedido de desculpas. Da Polícia Federal que deflagrou a operação? Não. Da Justiça Federal que autorizou o cumprimento dos mandados de busca? Não. Fábio Novo quer um pedido de desculpas do prefeito Silvio Mendes.

“O tempo passou! A verdade aflorou! O estrago eleitoral comprometeu o pleito, porque as pesquisas indicavam nossa vitória. Hoje a honra e a alma estão lavadas. Não desejo isso para ninguém. Nem para meus adversários políticos. A eleição não pode ser um vale-tudo. Investigações devem ser feitas, mas com isenção, sem paixões políticas e com um único objetivo: a verdade dos fatos. Espero, no mínimo, um pedido de desculpas do Dr. Silvio Mendes!”, escreveu o deputado em uma rede social.
Durante a coletiva, Fábio Novo chegou a se emocionar.